Olá, meu amigo!

*Markus Raymond

Interessante como vai e vem o tempo e essa pergunta volta às nossas cabeças. Para algo que deveria ser tão simples e sincero, afinal de contas as amizades são assim: simples e verdadeiras. Nomear nossos amigos ou amigo, é um tema nada simples de falar, comentar, sentir, compartilhar.

Assim, proponho: que tal se tentarmos começar falando sobre apego ? Apego não é gostar e nem cuidar, mas algo que prende, amarra, aprisiona. É tentar viver a sensação de possuir algo que em realidade não se têm. E a solução para se evitar o apego é ter a clareza de que só possuímos o que é interno a nós, ou seja, nossas crenças, energias, vida e sentimentos. Tudo o mais, é externo e não nos pertence e pode ser retirado a qualquer momento!

Portanto, considerando que não devemos nos apegar aos nossos amigos, pois não o possuímos, vamos começar por diferenciá-los de nossos conhecidos.

Conhecemos e falamos com muitas pessoas. A nossa vida é feita de relações interpessoais. Nossos temas, assuntos e necessidades convergem por colocar alguém à nossa frente, mesmo que seja em único contato ou por uma longa jornada de vida. No entanto, no meu modo de ver, os amigos são poucos e talvez um único.

Com nossos conhecidos podemos compartilhar o amor pelo time do coração, dificuldades de relacionamento e/ou financeiras, dúvidas sobre a escolha de traje para a tão esperada festa, e por aí vai.

Mas quando percebemos que necessitamos de um ouvido dedicado, de um coração que entenda nosso momento, para depois dar sua contribuição, mesmo que seja um simples ouvir e se calar, estamos falando de uma amizade real.

A amizade real não é afetada pela distância física ou pelo tempo, pois, independente de encontrarmos ou não nossos amigos, sabemos que eles sempre estão por perto. Basta chamá-lo. Com facilidade podemos colocá-lo a conhecer o que estamos vivenciando e com maior rapidez ainda, ele saberá uma forma de nos ajudar.

A pandemia nos colocou distante de amigos e conhecidos que estávamos acostumados a encontrar, e com o isolamento e distanciamento que passamos, fomos levados a nos fechar em nossos lares e saber respeitar o momento e espaço de cada um.

Tivemos diferentes soluções de relacionamento nesse período. A tecnologia participou ativamente destas soluções! Amigos que nos ajudaram a manter presente a força da vida, em especial quando a perda bateu à nossa porta. Amigos com quem colaboramos para que também tivessem força para vencer suas batalhas. E neste cenário de pane geral, alguns amigos acabaram se distanciando e outros que estavam distantes, aproximaram-se.

Se combinarmos a impermanência do ciclo da vida – afinal, nada é para sempre -, com o desapego que devemos ter por aquilo que é externo a nós, enxergarmos que nossas amizades nestes tempos de pandemia estiveram onde poderiam ou deveriam estar. Que tudo aconteceu dentro da mais perfeita ordem do Universo e que, portanto, não deveríamos nos deixar afetar por demasia sobre os fatos ocorridos.

E se você compartilha dessa conclusão, que tal aproveitar para se conectar com seu amigo(a) e comentar o quando está feliz e grato pela presença dele (a) em sua vida? Que tal fazer uma chamada de vídeo agora e poder compartilhar esse sentimento tão importante ?

Use seu tempo para fortalecer suas amizades, elas valem muito em qualquer época da vida!

  • *Markus Raymond é pensador e escritor

Gostou? Clique e Compartilhe:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *