ESG: muito mais que um jogo de letras

* Por Roberta Bigucci

ESG (environmental, social and governance / ambiental, social e governança, em português) é uma sigla cada vez mais em evidência e foi um dos termos mais pesquisados no Google nos últimos anos. Sempre que ouvimos falar em sustentabilidade corporativa esse jogo de letras aparece. Mas o que é e para que serve?
 

O termo ESG surgiu em 2004 de uma provocação do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. 
 

Hoje, e cada vez mais, ESG é indicação de solidez, custos mais baixos, reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades da economia. 
 

Para a Rede Brasil do Pacto Global, o ESG não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim a própria sustentabilidade empresarial. 
 

Com certeza muitas empresas da construção civil já desenvolvem práticas alinhadas ao ESG sem perceber. 

Exemplo:

E – Quando a empresa separa o lixo orgânico do reciclável;

S – Quando realiza algum trabalho voluntário;

G – Quando garante igualdade de gênero na contratação e remuneração dos seus colaboradores.
 

Para entender, incorporar e difundir o ESG é importante primeiro olhar para dentro da empresa. Liste as ações que sua empresa pratica e trazem benefícios ao meio ambiente, à comunidade do entorno, aos seus colaboradores e como é a gestão para que isso ocorra. Mensure estes benefícios (quantas pessoas estão sendo beneficiadas, quantas toneladas de lixo estão sendo reciclados, quanto de CO2 estão deixando de emitir na atmosfera?). Deixe estas informações visíveis nos corredores, wallpapers e boletins da empresa. Divulgue e engaje seus colaboradores e parceiros. 
 

A sustentabilidade não é mais uma exigência para encarecer os custos, mas sim, algo que vai beneficiar não só o planeta, mas a sociedade, os controles internos da empresa e a imagem do próprio negócio perante os demais. O Brasil possui 125 mil empresas na área da construção, segundo o IBGE. Se cada uma fizer uma parte, já teremos uma grande mudança acontecendo. Não se preocupe em criar algo mirabolante, mas sim em replicar algo que já dá certo.
 

Na construtora MBigucci, por exemplo, a cultura sempre foi olhar a responsabilidade social e ambiental de dentro para fora, com engajamento primeiro dos nossos diretores e colaboradores. Assim, foram nascendo nossos programas sociais e ambientais, que carinhosamente chamamos de Big’s (Big Riso, Big VidaBig VizinhançaBig Conhecimento e Big Ideias). Mas essa já é uma pauta para o próximo artigo!

* Roberta Bigucci é arquiteta e urbanista, gestora de Educação Corporativa e diretora de Responsabilidade Socioambiental da MBigucci

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