Dupla vencedora

As palavras ‘resistência’ e ‘resiliência’ têm sentidos distintos, mas quando estão associadas formam uma dupla perfeita para enfrentar situações com prazo de término indefinido, como o que estamos vivendo desde o início da pandemia

*Markus Raymond

Como dizem os sábios, nos detalhes podemos encontrar um mundo mais amplo e belo graças ao que um olhar dedicado pode captar.

E como podemos ter um olhar dedicado, se muitas vezes não estamos no aqui e agora? Talvez, passemos mais tempo, vivendo de um passado que nos traz ressentimentos dolorosos ou num futuro sobrecarregado de ansiedade.

Considerando as situações vividas ultimamente, vieram-me essas duas palavras à mente: ‘Resiliência’ e ‘Resistência’. Elas são distintas ortograficamente por apenas duas letras, mas com respeito a seus significados, distanciam-se uma da outra. Figurativamente, Resiliência é a capacidade de se adaptar facilmente às mudanças, enquanto que Resistência é a propriedade de um corpo reagir contra a ação de outro. Moldar-se ou Lutar! Gosto das duas e quando estão em parceria, formam uma dupla para lá de vencedora na vida. Quem não viveu nos últimos 18 meses utilizando-se de toda a capacidade destas duas palavras para enfrentar cada dia com disposição renovada, mesmo naqueles nos quais tudo parecia tornar-se impossível de suportar?

No início deste período, chegamos a acreditar que em poucos meses tudo se resolveria e que não era tão sério assim. Penso que essa foi uma linha mais simplista para encarar o desconhecido. Daí, veio o fechamento quase que total da vida nas ruas. Quantas vezes saí, pelas ruas próximas, para uma volta com meu cão e nos deparamos com as ruas desertas e carros circulando esporadicamente.

Darwin estava e contínua certo ao propor “que não é o mais forte que vence, mas sim aquele que melhor se adapta à situação”.

Seguimos acreditando e confiando que a solução logo viria. Fomos nos adaptando mais e mais às condições que nos cercavam e resistindo decididamente à ação contrária que o vírus imponha ao nosso corpo e, principalmente, à nossa mente.

Fomos vencendo cada dia e fazendo parte desta história, que será contada por gerações. Mas, infelizmente, como em toda batalha, houve muitas baixas e significativas.

As adaptações em tão curto espaço de tempo que tivemos que realizar para manter nossos empregos; crianças/adolescentes conectados aos estudos; nossas necessidades básicas solucionadas por meio de aplicativos de entregas, entre tantas outras saídas que utilizamos para nos encaixar ao novo mundo e nele sobreviver, nos tornaram diferentes do que éramos antes.

Nos adaptamos!

Somos resistentes aos ventos que sobram contrários à nossa caminhada. Tivemos que nos curvar, mas não quebramos, pois, acredito, que nossas raízes são fortes e profundas. Podemos até não saber o motivo de nossa existência, mas sabemos, com certeza, que não partiremos sem lutar até o último segundo de vida.

Se as guerras mundiais foram devastadoras, podemos dizer que elas estiveram, de alguma forma, limitadas a regiões, enquanto, desta vez, não houve espaço que não tenha sido afetado, colocando a todos de frente com uma realidade comum a todos: um vírus microscópico parou e continua afetando a vida no planeta.

Desejo que esse breve texto incentive a refletir a real importância de sua família, amigos, trabalho, lazer, de sua vida como um todo e, assim, olhando-se com serenidade, seja grato pelo dom da vida e se dedique a praticar mais ações de generosidade e respeito a todos os seres vivos. Quem sabe, possa colocar um olhar dedicado para pensar e planejar seus objetivos e, assim, ter uma jornada mais leve e prazerosa, saboreando cada pequena conquista.

Materialize através da escrita o que sempre esteve em sua cabeça e coração! Pense positivo, seja feliz, que o Sucesso vem!

*Markus Raymond é pensador e escritor

Imagem: Pixabay

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