Projeto da arquiteta Patrícia O’Reilly faz parte da 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza. A nova sede do Instituto vai ampliar o atendimento da ONG , que atende mais de 500 famílias no Jardim Ângela, em São Paulo.
O Instituto Favela da Paz é uma rede de empreendedores sociais incubando projetos voltados para arte, cultura, sustentabilidade, esporte, saúde e educação em uma das periferias mais carentes da cidade de São Paulo. São mais de 500 famílias que participam dos projetos de arte, cultura e inclusão.
O projeto da nova sede do Instituto, encabeçado pela arquiteta Patrícia O’Reilly do Atelier O’Reilly Architecture & Partners, faz parte da mostra da 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano.
O projeto conta com a integração da arte na arquitetura, incluindo a participação de artistas da comunidade com a direção do artista plástico Alexandre Mavignier, que traz a arte para as fachadas do edifício.
Além de oferecer mais oportunidades para os moradores da comunidade, a nova sede terá a Árvore Solar Solarpalm, de design do Atelier O’R e do artista Alexandre Mavignier, que ludicamente representa a importância da sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
A instalação da Solarpalm na nova sede do Instituto terá o mesmo funcionamento inteligente e será a primeira de 25 que serão “plantadas” pela cidade de São Paulo. Todas terão Wi-Fi gratuito e sistema de captação da energia solar para carregar celulares e tablets, decibelímetros, medição da qualidade do ar, estação meteorológica, câmeras de segurança, entre outros serviços.
Em breve, será aberta a campanha de captação de recursos nacional e internacional com benefícios fiscais e contábeis para o projeto para construção da nova sede do Instituto, que vai ampliar de forma exponencial o trabalho da ONG, além de formar mão de obra local para a construção da própria sede.
Com a coordenação do Atelier O’R e do Atelier Mavignier, conceituadores do projeto desde o começo, a ideia é que a proposta tome um vulto cada vez maior e atraia investidores do mercado ESG, tanto nacionais quanto internacionais para viabilizar o projeto que traz grande inovação e a consolidação da consciência sustentável para o novo mundo.
Sobre o Instituto Favela da Paz
Claudinho Miranda há 30 anos convidou seu irmão Fábio Miranda e mais alguns amigos para montar uma banda e promove solidariedade, cultura, lazer, dentre tantos outros auxílios prestados à população da periferia do bairro Jardim Nakamura, em São Paulo.
Claudinho Miranda começou a fazer música com nove anos de idade e Fábio Miranda, criando os instrumentos a partir do lixo em um bairro considerado pela ONU dos EUA o mais violento do mundo durante duas décadas, e seus sonho coletivo era “Mudar o lugar sem se mudar de lá”.
Depois de criar a Banda Poesia Samba Soul, em 1989 e, a partir daí, promover arte e oportunidade para crianças e jovens, ambos criaram o Instituto Favela da Paz, em 2010 – hoje formada por músicos, artistas independentes, articuladores culturais. Os princípios que sustentam as iniciativas do instituto são os valores da comunidade, cooperar e compartilhar dons e sentimentos, e fazer da escassez a abundância.
Saiba mais: www.atelieror.com
Texto e foto: Planta e Cresce