Na estreia do CNN Talks, uma nova etapa da CNN Brasil no segmento de eventos, representantes de grandes players nacionais de tecnologia e distribuição fizeram uma imersão no universo multiplataforma.
A partir da esquerda: Gian Martinez, Virgilio Abranches, Claudine Bayma, Mario Laffitte e Márcio Gomes. Foto: Gilberto Marques/CNN Brasil |
CNN Talks: o Futuro da Distribuição de Conteúdo aconteceu nesta manhã em São Paulo, e reuniu Fábio Coelho (Google), Gian Martinez (Winnin), Mario Laffitte (Samsung), Fernando Magalhães (Claro), Claudine Bayma (Kwai), além dos executivos da própria CNN Brasil (os VPs Virgilio Abranches e Sergio Maria) e Clarissa Gaiatto (Deloitte). O mestre de cerimônias foi um dos âncoras da casa, Marcio Gomes.
A plateia de convidados, além dos profissionais e talentos da CNN Brasil, reuniu mais de uma centena de profissionais de alto escalão do mercado de comunicação e mídia, que ouviram as considerações dos executivos em duas etapas.
Na primeira delas, ao abrir as discussões sobre criação de conteúdo, Gian Martinez, CEO da Winnin, cravou: “O importante é a relevância, que vai ser a palavra dominante. Existem múltiplas audiências e elas são dinâmicas. Neste contexto, a tecnologia é aliada”. A empresa fornece importantes soluções de tecnologia para multiplataforma, inclusive para a CNN Brasil.
A partir da esquerda: Fabio Coelho, Sergio Maria, Clarissa Gaiatto, Fernando Magalhães e Márcio Gomes. Crédito: Gilberto Marques/CNN Brasil |
“A CNN Brasil nasceu multiplataforma; isso facilita a nossa vida”, pontuou Virgilio Abranches, vice-presidente de Conteúdo e Operações da CNN Brasil. Ele lembrou que, em um momento em que se fala tanto em creators, “jornalistas não criam notícias”, mas podem “criar formatos” para entender as melhores maneiras de se comunicar dentro de um “ambiente jornalístico”.
O executivo enfatizou que a mera reprodução de conteúdo não é algo eficaz. De acordo com ele, um “conteúdo certo na plataforma errada não vai performar”. Abranches também frisa que cada conteúdo tem uma adequação ao meio de distribuição; por exemplo, um conteúdo que vai para Kwai necessita ter adequação ao meio.
Claudine Bayma, afirmou que a Kwai soma 48 milhões de usuário ativos por mês no Brasil, e ela credita o sucesso da plataforma também às suas diversas funcionalidades, como as de compartilhamento e trocas de “gifts”. Bayma contou uma história curiosa sobre a customização da marca para o público brasileiro: por aqui, a pronúncia original chinesa (quai) foi abandonada em prol de uma pronúncia “abrasileirada” que já tinha sido adotada pelos usuários (cauai).
Segundo a executiva, o jornalismo tem capacidade de atrair mais usuários para a plataforma. A Kwai teve resultados expressivos na parceira com a CNN Brasil na cobertura das eleições 2022 e da posse do atual governo.
Mario Laffitte, da Samsung, destacou como a empresa presta atenção atualmente ao universo de microinfluenciadores, cada vez mais segmentados.
Distribuição
Na segunda etapa da conversa, o foco foi distribuição de conteúdo. Fábio Coelho, presidente do Google no Brasil, à frente também do YouTube, destacou como a CNN Brasil tem feito apostas arrojadas no processo de transformação digital. “São apostas corretas em relação a como disponibilizar o conteúdo em várias plataformas”, disse.
Para ele, ao fazer isso em formatos diferentes para públicos diferentes alcançando novos dispositivos e telas, e num sistema de monetização inteligente, é possível ganhar dinheiro de uma forma ainda mais eficiente. “Essa inovação é muito bem-vinda, os usuários continuam usando vários formatos e plataformas; no próprio YouTube, o Shorts, que oferece vídeos curtos, já tem 2 bilhões de usuários mensais ao redor do mundo”.
Nesse universo, segundo Coelho, o conteúdo tem de ser feito com qualidade e os conteúdos sem qualidade necessitam ser removidos das plataformas. “A CNN Brasil é uma referência internacional pela qualidade e pela visão estratégica no uso de tecnologia”, afirmou.
Para Sérgio Maria, VP de Digital e Inovação da CNN Brasil, a empresa, embora multiplataforma, ainda é muito vista como televisão. “Por isso é tão importante estarmos em todas as plataformas”, constatou. Ele revelou que 40% do conteúdo assistido do canal no YouTube é consumido na TV. Para o VP, o fato inédito de termos atualmente cinco gerações que acessam conteúdos de modos diferentes só amplia a necessidade de se valorizar a relevância desses conteúdos.
Pela Deloitte, Clarissa Gaiatto ressaltou a necessidade de olhar para a grande variedade dos ecossistemas, de dados, tecnologias e plataformas citando como as indústrias estão interconectadas, exemplo – varejo, entretenimento e pagamentos, gerando novas dinâmicas e novos termos que invadiram o universo do e-commerce, como o “shop entertainment” e o “retail entertainment”.
Por fim, Fernando Magalhães, da Claro Brasil , empresa de telecomunicações, chamou a atenção para a importância da banda larga em tudo isso. A Claro, ele lembra, fechou acordo com todos os provedores de streaming dentro da plataforma – além de ter sido a primeira operadora de TV por assinatura a assinar contrato com a CNN Brasil em 2020, na estreia do canal no País.
No contexto da procura por conteúdo de qualidade e inovação em vídeo, Magalhães lembra que a Claro detém dados de hábitos de consumo em todas as suas plataformas a respeito do consumo de conteúdos, nos quais se verificam picos de utilização em dois nichos: notícias e esportes.
Ao traçar um balanço do histórico afetado por grandes transformações no segmento de TV por assinatura, o quadro hoje é outro: “A competição saiu do jogo da quantidade de canais e passou a ser pela capacidade de tecnologia de entrega do conteúdo”, o que só reforça a importância de ser multiplataforma e alcançar o consumidor onde e como for mais conveniente para ele.
Fonte: Imprensa CNN Brasil